Presidente da Assembleia Legislativa critica a “criminalização” da política
Gerson Claro discursa após receber o título de cidadão honorário de Anastácio por iniciativa do presidente da Câmara Municipal, vereador Ademir Alves – Divulgação
“Tenho muitas divergências ideológicas, discordo do seu descompromisso com a liturgia do cargo que ocupava, inclusive nas manifestações públicas, mas não posso concordar e estou indignado, como cidadão, advogado e agente político, com a forma midiática que a Polícia Federal atuou, com aval do Judiciário, ao fazer a busca e apreensão, na casa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, da carteira de vacinação dele que supostamente falsificou”, declarou.
Para Gerson Claro, não se trata de inocentá-lo previamente de uma denúncia grave. “É necessário uma investigação séria, que se cumpra o devido processo legal, com amplo direito à defesa, direito assegurado a qualquer cidadão e que os rigores se apliquem caso a acusação seja comprovada”, destacou.
O parlamentar deixou evidenciado que esse posicionamento “é a defesa de um princípio aplicável a qualquer cidadão, independentemente do status social ou das ideias e visão de mundo que abrace”.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, os agentes políticos são ferramentas fundamentais do processo democrático, fazem a mediação dos conflitos em um país tão diverso, quanto desigual, como é o Brasil.
“Nas diversas instâncias de poder, no Executivo e no Legislativo, estão representados os diferentes segmentos sociais, com suas demandas, suas utopias e também suas imperfeições. Temos uma legislação que estabeleceu mecanismos de transparência, órgãos de controle, capacitados, o Ministério Público independente, enfim, instituições com um sistema de freios e contrapesos, que está em permanente aperfeiçoamento”, concluiu.