Lagoas de Jericoacoara

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A árvore de Natal é um dos principais símbolos dessa data comemorativa, e suas origens remontam a povos pagãos que enxergavam as árvores como um símbolo da fertilidade

O Natal é marcado por diversos símbolos, como o Papai Noel, os presépios e as luzes que iluminam e enfeitam as cidades. Uma das representações mais importantes desse período são as árvores de Natal, produzidas nos mais variados tamanhos e enfeitadas com diferentes adornos. Leia este texto e conheça um pouco da história desse símbolo natalino.
Origem da árvore de Natal
Origem pagã
Apesar da polêmica sobre a origem da árvore de Natal, sabe-se que esse símbolo foi herdado de religiões pagãs da antiguidade. Os romanos, por exemplo, durante a Saturnália, festival em homenagem ao deus Saturno, usavam árvores para enfeitar os templos. Já os egípcios usavam palmeiras durante os rituais de adoração a Rá, o deus Sol.
Para muitas culturas antigas, as árvores que ficavam verdes durante todo o ano, chamadas de perenifólias, eram símbolos de prosperidade. Nos povos que habitavam locais de inverno rígido, essas árvores eram marcantes, pois permaneciam verdes mesmo durante o inverno.
Assim, a ideia de colocar árvores com folhas permanentemente verdes dentro de casa passou a ser associada à ideia de garantia de fertilidade. Com o passar do tempo e à medida que a Europa era cristianizada, a árvore como símbolo pagão foi aos poucos integrada aos costumes cristãos.
Um relato em particular pode ser a chave para entender essa transição da árvore como símbolo pagão até tornar-se um símbolo cristão. Essa história envolve São Bonifácio, bispo saxão que promoveu a cristianização de alguns povos da Germânia durante o século VIII d.C.
Alguns povos germânicos acreditavam nos deuses que formam a mitologia nórdica. Um dos deuses mais importantes, principalmente entre os camponeses, era Thor, que, além de ser o deus do trovão, simbolizava o carvalho. Segundo a história, São Bonifácio encontrou alguns germânicos realizando sacrifícios em um carvalho. Para convertê-los, São Bonifácio derrubou a árvore e mostrou às pessoas que nada havia acontecido com ele. Assim, aproveitou a oportunidade para convertê-las ao cristianismo.
Embora essa história explique o possível momento em que as árvores passaram a ser utilizadas como um símbolo cristão, muitos historiadores reforçam que a árvore de Natal foi um símbolo oriundo das tradições nórdicas e germânicas. O historiador Johnni Langer, por exemplo, afirma que a árvore de Natal moderna é originária do Jól (Yule), festival que ocorria no solstício de inverno na Escandinávia|1|.
Durante esse ritual, o Julgran, o pinheiro do jul, era usado como forma de decoração. Esse símbolo fazia menção direta a um elemento da visão de mundo dos nórdicos: a Yggdrasil, a gigantesca árvore cósmica que sustentava o Universo e os nove mundos. Essa árvore simbolizava a vida e a fertilidade para os nórdicos.
Árvore de Natal moderna
O surgimento da árvore de Natal moderna é alvo de controvérsia. Existem aqueles que falam que ela surgiu em Talinn (atual Estônia) em 1441, enquanto outros falam que ela surgiu em Riga (atual Letônia) em 1510. Há ainda quem fale que ela surgiu em Bremen (atual Alemanha) em algum momento do século XVI. Apesar de haver debates a respeito do local exato ao qual a árvore de Natal moderna remonta, os historiadores sabem que suas origens estão ligadas com tradições medievais relacionadas às culturas pagãs.
As árvores de Natal modernas foram inseridas no interior das residências ao longo do século XVI e eram decoradas com maçãs e nozes. Tornaram-se popular somente no século XIX por conta da rainha Vitória e do Príncipe Albert, do Reino Unido. Como a mãe da rainha Vitória era alemã, a tradição de decorar árvores de Natal passou a ser realizada também na Inglaterra. Isso fez com que o símbolo se popularizasse no Reino Unido e se espalhasse por outras partes do mundo.
Acesse também: Conheça a história e as influências modernas sobre uma importante comemoração cristã
Origem das bolas de Natal
As bolas que enfeitam as árvores de Natal foram criadas em 1847 por um soprador de vidro de Lauscha, na Alemanha. Esse enfeite passou, então, a ser produzido de diferentes formas e tamanhos|2|. Com o tempo, outros enfeites foram acrescentados na decoração da árvore de Natal. Um deles é a estrela, que simboliza a estrela de Belém, uma referência, entre os cristãos, ao nascimento de Jesus. Publicado por Daniel Neves Silva (https://mundoeducacao.uol.com.br/)

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