José Carlos Acevedo Quevedo

José Carlos Acevedo Quevedo

O brutal atentado que roubou a vida do intendente municipal de Pedro Juan Caballero emudeceu a fronteira. O ato tresloucado marchou na estrada diametralmente oposta àquela que marcha a esmagadora maioria da população fronteiriça. Uma população pacata, ordeira, amante da paz, e da concórdia. Feliz, sobretudo. Alegre, em especial. Retiraram do nosso convívio um homem público de excepcionais qualidades cívicas e vocacionado para servir o seu povo. O seu 4º mandato conquistado sequencialmente e sempre com o respaldado do voto popular dos seus cidadãos respondem fortemente pela afirmação. Mas não é só. Trata-se de um homem público que recebeu as bênçãos de Deus para o exercício dessa nobre missão de servir. Um verdadeiro meteoro que passa de século em século pelos céus de uma cidade, de um departamento e de uma nação trazendo consigo um punhado de bons e elevados propósitos. O intendente avançou um pouco mais sempre com ações surpreendentes. Recheou de orgulho e brilho singular os seus cidadãos. As obras e as realizações do seu vitorioso governo trouxeram a dignidade e o respeito de um povo sofrido. Mostrou a força econômica de uma região próspera e rica para fomentar o desenvolvimento da valorosa nação guarani. Mas o intendente morto não teve somente virtudes. Teve também seus defeitos, como todos os mortais. Por essas razões e outras tantas que poderiam ser alinhadas, o intendente não morrerá nunca! Ele vive em nossos corações e hoje seguramente na grande morada, que o nosso Deus nos reservou, continuará olhando por todos nós. O seu legado precioso em outra vertente preciosa está consubstanciado nas obras que incrementou para alicerçar os rumos da capital do Departamento de Amambai, para caminhar no encontro com o seu processo de desenvolvimento integrado. Esse homem público que mudou a vida da sua linda cidade não pode ser esquecido jamais! Seu nome precisa ser lembrado de forma inexorável nos prédios públicos, nas praças, nos jardins, nas avenidas, como forma de orientar pedagogicamente os nossos vindouros no sentido de preservar o nome e a história dos seus homens públicos, dos seus heróis, dos seus anônimos e dos seus legados. O Palacete Municipal construída ao longo da sua administração poderia ser essa vertente preciosa para perpetuar o nome de José Carlos Acevedo Quevedo. Mas não é somente colocar o seu nome. Tem que ser erguido no saguão principal do edifício sede do poder executivo municipal o seu busto para que todos os seus governados possam perpetuar na sua memória essa lembrança formidável. Os vindouros, sobretudo. Essas linhas traçam apenas um indicativo, oferece um caminho, abre a oportunidade para a boa reflexão. E uma interpretação singular para os que sabem exaltar os valores morais, culturais, sociais e políticos dos homens e das mulheres que construíram no dia a dia a grandeza material e espiritual dessa grande cidade fronteiriça. Não posso oferecer mais nada ao intendente morto, senão, a minha gratidão pelo raro privilégio que me concedeu de fazer parte do seu relacionamento pessoal. As autoridades constituídas da municipalidade saberão no momento certo e na ocasião adequada avançar com esse propósito singular como forma de escrever na história da cidade, o nome daqueles homens e mulheres que a engrandeceram e serviram como soldados valentes. Os homens de bem, acompanharão essa bonita manifestação de propósitos. A história lavrará nos seus anais esse preito memorável. A pátria paraguaia sentir-se-á santificada com a perda de tão ilustre filho. Descansa em paz, ilustre intendente!

Antonio Carlos Siufi Hindo

Promotor de Justiça aposentado

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