Pré-candidato a deputado federal

Pré-candidato a deputado federal
Carlos Bernardo: “a fronteira precisa ter legítimos representantes. Um povo sem representante não é ninguém”

Carlos Bernardo afirma que é preciso oferecer oportunidades para a populaçãoCriador e ceo do curso de medicina da Universidade Central do Paraguai, em Pedro Juan Caballero, diz que é preciso acabar com “satanização” da fronteira e oferecer oportunidades para a população

 

 

*Edilson José Alves

 

O pré-candidato a deputado federal, Carlos Bernardo (MDB), disse que é preciso acabar com a “satanização” da fronteira e criar mecanismos eficientes para gerar desenvolvimento econômico aliado com o social. “As pessoas querem e precisam ter oportunidades para crescer. O homem e a mulher precisam de emprego e renda, sem isso é impossível construir e manter uma família com condições dignas. Todos também precisam de atendimento público e de qualidade na saúde, segurança pública e, principalmente, na educação. Nesse sentido defendemos um projeto focado nas pessoas que vivem na nossa região”, destacou em entrevista exclusiva ao Jornal de Notícias.

Carlos Bernardo é um empreendedor de sucesso que enxerga a fronteira como uma região promissora, mas que atualmente não conta com nenhum representante na esfera federal, o que acaba emperrando a viabilização de projetos que possam atender as necessidades da população. “Ponta Porã e a fronteira já teve importantes lideranças em Brasília, mas hoje não temos ninguém e agora estamos nos aproximando de mais uma eleição e esse é o momento de mudar. Fui convocado pelo pré-candidato a governador André Puccinelli para me colocar como pré-candidato a deputado federal e como sempre gostei de desafios e sou apaixonado pela fronteira topei na hora e espero que a nossa população saiba fazer as escolhas corretas”, disse.

Carlos Bernardo é um empreendedor visionário e sempre apostou na fronteira. Tanto que em poucos anos transformou um sonho de trazer um curso de medicina para a fronteira em uma universidade de sucesso absoluto com três polos em Pedro Juan Caballero, dois polos em Ciudad del Este, além de seis clínicas e dois mini-hospitais. Atualmente possui oito mil alunos, sendo cerca de 98% oriundos do Brasil, além de ter transformada a Universidade Central do Paraguai num grande campo não apenas do conhecimento, mas de geração de muitos empregos diretos e indiretos, além de fomentar o mercado imobiliário e comércio que passaram a atender cada vez mais um número maior de novos moradores.

“Quando coloco o meu nome como pré-candidato numa eleição de deputado federal não é por motivo pessoal ou sede de poder, mas por uma imensa disposição que tenho em trabalhar por mais investimentos no social, na saúde e principalmente na educação da nossa população. Muito se fala em política diferenciada para a fronteira, mas pouco se faz de concreto nesse sentido. Nós precisamos criar mecanismo para atrair para Ponta Porã indústrias, empresas de porte que possam gerar bons empregos. Da mesma forma é preciso gerar oportunidades em Pedro Juan Caballero e tem como fazer isso de forma integrada, mas é preciso conhecimento e acima de tudo querer transformar a realidade da nossa população”, disse Carlos Bernardo.

INCENTIVOS PODEM AJUDAR

Segundo Carlos Bernardo, hoje já existem fontes que podem aquecer a economia, mas a falta de legítimos representantes em Brasília acaba deixando a fronteira estagnada ou crescendo menos do que é possível crescer. “Poderíamos estar usando muito mais os recursos do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento dos Países da Bacia do Prata (FONPLATA), para gerar o progresso da nossa região. O que se usa hoje é muito pouco, precisamos mais e só vamos conseguir elegendo uma bancada que possa levantar essa bandeira em Brasília, mostrando que é possível, que tem jeito, mas inteligência é imprescindível na hora de elaborar e aprovar projetos”, ressaltou.

“Com mais investimentos, mais indústrias, empresas de porte e incentivos aos médios, pequenos e microempreendedores, será possível criar uma rede positiva, com oportunidades reais para que os nossos jovens se sintam valorizados e possam buscar aqui mesmo empregos que remunerem bem, que possibilitem estudar, ajudar suas famílias, a ter uma vida digna. Estamos acompanhando pela mídia a “satanização” da fronteira com divulgação apenas de casos de violência. Isso não é bom, não representa a realidade. Temos uma população ordeira, trabalhadora e que busca apenas oportunidades. E são essas oportunidades que pretendemos buscar com um trabalho muito forte para evitar que os jovens caiam na criminalidade”, afirmou Carlos Bernardo.

JUSTIÇA NO REVALIDA

Como pré-candidato a deputado federal, Carlos Bernardo, disse que uma de suas linhas de trabalho é a educação de qualidade. Disse que é possível melhorar a educação em todos os níveis com fortalecimento de parcerias entre Brasil e Paraguai. Da mesma forma é possível avançar na saúde com hospitais brasileiros atendendo paraguaios e hospitais paraguaios atendendo brasileiros.

“Um exemplo de que isso é possível é a gestão compartilhada da hidrelétrica binacional de Itaipu. A usina sempre teve uma administração formada por brasileiros e paraguaios, leva investimentos para os dois países. O mesmo podemos fazer na educação com implantação de escolas bilingues e na saúde com gestões compartilhadas. Não podemos cruzar os braços diante de uma situação em que um cidadão quando é acidentado em território brasileiro é levado ao território paraguaio para ser atendido. Temos que atender a todos sem distinção de cor, sexo e nacionalidade. Um dos projetos que estou elaborando é o que prevê a implantação de um Hospital Universitário Binacional, onde possam fazer residência médica os formandos nos dois países”, disse.

Com relação a prova revalida para que o médico formado no Paraguai possa atuar no Brasil, Carlos Bernardo, disse que lutará pela aplicação de um questionário mais justo. “Aplicam uma prova que só mesmo um especialista consegue responder. Por que não aplicam a mesma prova aos que se formam nas universidades brasileiras? Os advogados só passam atuar profissionalmente depois da conclusão do curso de direito e aprovados na prova da OAB e o mesmo poderia se fazer com os formados em medicina no Brasil. Nessa questão nós vamos atuar fortemente para atender os anseios da nossa juventude que está se formando no Paraguai e em outros países da América do Sul”, ressaltou.

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